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Cirurgia para sinusite crônica: quando é necessária e como funciona

01/08/2025
6 min. de leitura

Cirurgia visa desobstruir os seios faciais para evitar o acúmulo de secreções que podem causar inflamação e infecção na região

A sinusite é caracterizada pela inflamação dos seios paranasais, uma condição bastante incômoda que causa, entre outros sintomas, dores de cabeça e congestão nasal. Quando esses e outros sintomas persistem mesmo com o uso de medicamentos e outras terapias, a cirurgia pode ser considerada como uma opção para aliviar o desconforto e restaurar a função nasal do paciente.

O que é sinusite crônica?

A sinusite crônica é uma inflamação persistente dos seios paranasais — cavidades ao redor dos olhos, testa e maçãs do rosto recobertas por mucosa — que dura mais de 12 semanas, mesmo com tratamento. Diferente da sinusite aguda, que costuma ser temporária e associada a resfriados ou infecções, a forma crônica pode ter origem em alergias, pólipos nasais, desvio de septo ou infecções de repetição.

Quem convive com a doença costuma apresentar os seguintes sintomas:

  • Obstrução nasal constante;
  • Dor de cabeça;
  • Sensação de peso na face ou nos dentes;
  • Secreção nasal espessa e amarelada;
  • Tosse persistente;
  • Redução do olfato;
  • Fadiga e mal-estar.

Quando essas manifestações são recorrentes, a cirurgia para sinusite crônica pode ser necessária para aliviar a inflamação e o desconforto.

Quando a cirurgia para sinusite é indicada?

A cirurgia para sinusite crônica é indicada quando o tratamento medicamentoso não apresenta resultados satisfatórios para controlar os sintomas da doença. Geralmente, são pacientes que se encaixam nas situações listadas abaixo:

  • Histórico de sinusite de repetição;
  • Presença de pólipos nasais que bloqueiam os seios paranasais;
  • Desvio acentuado de septo;
  • Obstrução mecânica dos seios da face;
  • Complicações associadas, como infecções nos olhos ou crânio;
  • Tumores no nariz.

Tipos de cirurgia para sinusite crônica

A cirurgia para sinusite crônica, a sinusectomia, consiste na desobstrução dos seios faciais para evitar o acúmulo de secreções que podem causar inflamação e infecção na região.

Existem várias técnicas cirúrgicas para tratar a sinusite crônica, sendo que a forma mais comum e moderna é por videoendoscopia. Esse procedimento minimamente invasivo é realizado com o auxílio de um endoscópio introduzido pelas narinas, sem cortes externos.

Dessa forma, o cirurgião consegue visualizar o interior dos seios nasais e ampliar as vias de drenagem entre os seios e o nariz para facilitar a saída da secreção acumulada.

A sinusectomia pode ser combinada com outros tipos de cirurgias, como a septoplastia ou a turbinectomia, para corrigir o desvio de septo ou remover parcial ou totalmente os cornetos nasais.

Como é o pré-operatório?

Antes da cirurgia, o paciente passa por uma avaliação completa com o otorrinolaringologista, que solicita exames de imagem, como a tomografia computadorizada dos seios da face, e analisa o histórico médico para um melhor planejamento cirúrgico.

Além disso, o paciente deve informar ao médico sobre medicações de uso contínuo, alergias e histórico de saúde. O jejum e a suspensão de certos medicamentos, como anticoagulantes, podem ser recomendados antes do procedimento.

Pós-operatório: recuperação e cuidados

A recuperação da cirurgia para sinusite crônica é, em geral, rápida e tranquila, principalmente se o paciente seguir todas as recomendações. Nos primeiros dias, é normal apresentar um pouco de dor, sangramento leve, obstrução nasal e inchaço, mas são sintomas temporários que tendem a desaparecer com os seguintes cuidados:

  • Fazer repouso nos primeiros dias;
  • Evitar esforço físico por pelo menos uma semana;
  • Utilizar as medicações prescritas, como antibióticos, corticoides e analgésicos;
  • Realizar lavagens nasais com soro fisiológico para limpar as vias;
  • Evitar tocar ou esfregar o nariz;
  • Lavar o rosto somente com água fria;
  • Não consumir alimentos e bebidas muito quentes nos primeiros dias;
  • Evitar a exposição ao sol;
  • Comparecer às consultas de retorno para limpeza e acompanhamento da cicatrização.

A melhora dos sintomas pode ser sentida já nos primeiros dias, mas a recuperação completa leva algumas semanas.

Riscos e complicações possíveis

A cirurgia para sinusite crônica é uma técnica segura e com baixo índice de riscos. Embora raras, as complicações incluem:

  • Sangramentos;
  • Infecções;
  • Perfuração do septo nasal;
  • Alterações no olfato;
  • Lesão em estruturas próximas (como os olhos).

Esses riscos são minimizados com uma boa avaliação pré-operatória, escolha de um profissional capacitado e experiente, além do seguimento rigoroso das orientações médicas.

Benefícios da cirurgia para sinusite crônica

Quando bem indicada, a cirurgia para sinusite crônica pode trazer diversos benefícios, entre eles:

  • Melhora significativa ou completa dos sintomas;
  • Redução das crises de sinusite;
  • Aumento da qualidade do sono e da respiração;
  • Menor uso de medicamentos no longo prazo;
  • Melhora na disposição e na qualidade de vida.

É importante dizer que a sinusectomia pode não curar definitivamente a sinusite crônica. No entanto, a intervenção desobstrui os seios faciais, facilitando a penetração de medicamentos e soro fisiológico para aliviar os sintomas mais rapidamente e prevenir novas crises.

Cirurgia é sempre a melhor solução?

Não. A cirurgia para sinusite crônica não é a primeira opção de tratamento, mas sim um recurso para casos que não respondem bem ao tratamento clínico. Cada paciente deve ser avaliado individualmente, considerando os sintomas, os exames e o impacto da doença em sua vida.

Em muitos casos, o controle com medicamentos, mudanças de hábitos e manejo de fatores alérgicos pode ser suficiente. A decisão pela cirurgia deve sempre ser tomada em conjunto com um especialista.

Para saber mais sobre a cirurgia para sinusite crônica e descobrir se este procedimento é o mais adequado para seu caso, entre em contato e agende uma consulta com os profissionais da Rinoclínica.

Fontes:

Rinoclínica

Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial

Cleveland Clinic