Apneia do sono, asma noturna, rinite e sinusite são algumas das condições que comprometem a respiração durante o sono
A dificuldade para respirar durante o sono está relacionada a diferentes fatores, sendo a apneia do sono uma das causas mais frequentes. Quando a respiração inadequada resulta em um padrão ruim de sono, não apenas provoca cansaço e falta de concentração no dia seguinte, mas também pode elevar o risco de desenvolver problemas metabólicos e doenças cardíacas.
Por que a respiração adequada durante o sono é importante?
A respiração é essencial para fornecer ao corpo o oxigênio necessário para o desempenho de funções vitais. Uma respiração adequada contribui para um sono contínuo e reparador, que permite a recuperação dos tecidos, a síntese de proteínas, o fortalecimento do sistema imunológico, a melhora do desempenho cognitivo e do equilíbrio emocional.
A privação de sono é frequentemente sinalizada pelo ronco, que indica uma obstrução das vias aéreas. Esse problema acarreta sérias consequências ao longo do tempo, incluindo o aumento do risco de obesidade, hipertensão e de doenças cardíacas. A curto prazo, a dificuldade para respirar durante o sono também pode apresentar efeitos adversos, como:
- irritabilidade, devido ao nível elevado de cortisol, o hormônio do estresse;
- dificuldade de raciocínio;
- falta de atenção;
- lentidão;
- perda de memória;
- imunidade baixa;
- mudanças de apetite e ganho de peso;
- alterações de humor;
- dor de cabeça frequente.
Possíveis causas da dificuldade para respirar durante o sono
A dificuldade para respirar durante o sono está associada a uma variedade de fatores, como:
Apneia obstrutiva do sono (AOS)
A apneia obstrutiva do sono ocorre quando o fluxo de ar para os pulmões é interrompido devido a uma obstrução nas vias aéreas, geralmente causada pelo relaxamento excessivo dos músculos da garganta. Para restaurar a respiração, a pessoa desperta e ativa essa musculatura. Esse ciclo de pausas e retomadas se repete várias vezes ao longo da noite.
Apneia central do sono
Na apneia central do sono, uma falha na comunicação entre o cérebro e o sistema respiratório faz com que os músculos responsáveis pela respiração não funcionem da maneira correta. Essa dificuldade para respirar durante o sono é menos comum, estando presente em pacientes que tiveram AVCs ou tumores cerebrais.
Asma noturna
A asma noturna é uma condição em que os sintomas da asma se intensificam durante a noite, resultando em dificuldade para respirar durante o sono. O paciente acorda repetidas vezes por causa dos ataques de tosse, aperto no peito, respiração ofegante e falta de ar, o que causa cansaço e outros sinais da privação de sono ao longo do dia.
Rinite e sinusite
A inflamação e o aumento da produção de muco em episódios de rinite e sinusite causam congestionamento nasal, levando à respiração pela boca, que é menos eficaz e provoca o ronco. Consequentemente, essas condições estão associadas à dificuldade para respirar durante o sono, resultando em fadiga diurna.
Insuficiência cardíaca
A insuficiência cardíaca acontece quando o coração não consegue bombear sangue de maneira eficiente para suprir as necessidades do corpo. Esse problema está frequentemente associado à apneia do sono. Por isso, é comum que o paciente sinta falta de ar súbita ao se deitar, exigindo que ele acorde e se levante para aliviar a dificuldade respiratória.
Investigação das causas de dificuldade para respirar durante o sono
Diagnosticar o motivo da dificuldade para respirar durante o sono é importante para o tratamento adequado, uma vez que esse problema pode ter diversas origens. A investigação abrange várias análises, como:
Avaliação clínica
A avaliação clínica consiste na coleta de informações sobre condições pré-existentes, tais como doenças cardiovasculares, pulmonares, neuromusculares e metabólicas, e de fatores de risco e de estilo de vida, como obesidade, histórico familiar, consumo de álcool e tabaco. O médico também pergunta sobre o padrão de sono e os sintomas comuns, como ronco, tosse e falta de ar.
Estudos do sono (polissonografia)
A polissonografia é um exame não invasivo realizado enquanto o paciente dorme para diagnosticar distúrbios do sono. Nesse procedimento, especialistas avaliam a qualidade do sono do indivíduo, considerando questões como atividade elétrica cerebral e muscular, movimento dos olhos, fluxo do ar pelo nariz e boca, esforço respiratório e níveis de oxigênio no sangue.
Exames complementares
O especialista pode solicitar outros tipos de exame para diagnosticar a dificuldade para respirar durante o sono, como a Tomografia Computadorizada de Alta Resolução para obter imagens precisas dos pulmões e vias aéreas, a angiografia pulmonar para visualizar os vasos sanguíneos dos pulmões, além de exames cardíacos para avaliar a função e estrutura do coração.
Dicas para melhorar a respiração durante o sono
O tratamento para a dificuldade para respirar durante o sono varia conforme o distúrbio diagnosticado e pode englobar uma combinação de abordagens, incluindo o uso de dispositivos, intervenções cirúrgicas e modificações no estilo de vida. Além disso, existem medidas que podem melhorar significativamente a capacidade respiratória, como:
Higiene do sono
A higiene do sono é um conjunto de práticas e hábitos que tem o objetivo de criar um ambiente ideal para o descanso reparador. As medidas envolvem manter o quarto limpo, livre de poeira e alérgenos, e garantir um nível adequado de umidade para prevenir irritações nas vias aéreas. Além disso, é recomendado evitar alimentos pesados antes de dormir, pois eles podem causar refluxo ácido e agravar problemas respiratórios.
Posições para dormir
Ter uma posição correta ao dormir contribui para a melhora da dificuldade para respirar durante o sono. Dormir de lado é frequentemente recomendado, pois permite manter as vias aéreas abertas, reduzir o ronco e os episódios de apneia do sono. Usar travesseiros adequados também ajuda a manter a postura correta e evitar a obstrução das vias aéreas.
Exercícios de respiração
Exercícios de respiração melhoram a qualidade do sono por contribuir para o relaxamento, fortalecer os músculos respiratórios e aumentar a eficiência da respiração. Um exemplo é a respiração diafragmática, que consiste em respirar profundamente e lentamente pelo diafragma, expandindo o abdômen, em vez de utilizar os músculos do peito.
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