A perda auditiva é um problema que causa dificuldades de comunicação, mas muitas vezes é evitável
A perda auditiva é caracterizada pela redução da capacidade de percepção dos sons, o que pode desencadear dificuldades de compreensão e comunicação. O problema é chamado pela Medicina de hipoacusia, sendo considerado comum do envelhecimento, mas também pode ocorrer a partir de outros fatores, como exposição excessiva a ruídos.
O diagnóstico de perda auditiva deve ser feito pelo otorrinolaringologista, que também se responsabiliza por indicar o tratamento mais adequado para a condição. Estima-se que cerca de meio bilhão de pessoas em todo o mundo tenha algum grau de redução da capacidade auditiva, uma alteração que pode se manifestar em diferentes intensidades. Entenda melhor a seguir.
Sintomas e diagnóstico da perda auditiva
O principal sintoma é a dificuldade de ouvir e distinguir sons, o que pode se manifestar a partir de sinais como:
- Dificuldade para entender o que as pessoas falam;
- Precisar de muita concentração para entender o que as pessoas falam, muitas vezes fazendo leitura labial para compreensão da comunicação;
- Dificuldade para conversar ao telefone;
- Assistir televisão ou ouvir música com volume alto;
- Falar muito alto, muitas vezes incomodando as outras pessoas;
- Ter a sensação de ouvido tampado;
- Dificuldade de se comunicar em locais com muito barulho.
O diagnóstico da perda auditiva é feito pelo otorrinolaringologista com base nos sinais apresentados, com o apoio de exame clínico e de exames de audiometria.
Quais são as causas?
O envelhecimento é uma das principais causas da condição, mas também pode ocorrer devido a:
- Excesso de cera no ouvido;
- Presença de líquido e secreções no ouvido;
- Otites;
- Ruptura ou perfuração do tímpano;
- Exposição a ruídos excessivos;
- Doenças específicas, como esclerose múltipla, lúpus e meningite;
- Tumor no ouvido.
Graus de perda auditiva
Pode ser classificada em diferentes graus, sendo eles:
Perda auditiva leve
O paciente ouve a partir dos 25 decibéis até os 40, apresentando dificuldade para entender a fala das pessoas em ambientes ruidosos. O indivíduo também não escuta o “tique-taque” do relógio e um passarinho cantando, por exemplo.
Perda auditiva moderada
A pessoa ouve apenas a partir dos 41 decibéis até os 55, apresentando dificuldade para ouvir uma conversa em grupo.
Perda auditiva acentuada
A capacidade de audição ocorre a partir dos 56 decibéis, indo até os 70. O paciente com este grau de perda ouve apenas ruídos fortes como aspirador de pó e choro de crianças.
Perda auditiva severa
O paciente ouve apenas a partir dos 71 decibéis até os 90, conseguindo identificar sons graves específicos (como o do piano), latidos de cães e toque do telefone no volume máximo.
Perda auditiva profunda
O indivíduo ouve a partir dos 91 decibéis e não consegue identificar sons.
Opções de tratamento
O tratamento da perda auditiva vai depender das causas do problema, devendo ser indicado pelo otorrinolaringologista após análise criteriosa dos fatores envolvidos na condição. Caso o problema seja causado por excesso de cera, por exemplo, a lavagem do ouvido é a opção recomendada. Se houver líquido, secreção ou algum objeto pequeno no interior do ouvido, a metodologia aplicada é a aspiração do ouvido.
Nos casos de otite, a abordagem terapêutica recomendada envolve o uso de medicamentos. O uso de aparelhos auditivos é indicado a pacientes com perda progressiva da audição, como no caso de idosos. Caso o dano auditivo esteja relacionada a perfuração do tímpano ou lesões ósseas de ouvido, uma cirurgia pode ser recomendada. Em casos muito graves de perda auditiva, pode ser instalado um implante coclear.
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Fontes: