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Cigarro eletrônico: conheça os perigos

Cigarro eletrônico: conheça os perigos
11/10/2022

Produto é proibido no Brasil devido aos potenciais riscos que pode trazer à saúde

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto desse produto, enquanto cerca de 1,2 milhão são de não-fumantes expostos ao fumo passivo.

Algumas pessoas, ao tentar parar de fumar, passaram a fazer uso de dispositivos como o cigarro eletrônico. Trata-se de um dispositivo eletrônico para fumar (DEF), conhecido também como vaper, de vaporizador.

Em geral, o cigarro eletrônico possui um formato cilíndrico, tem uma ponteira que funciona como uma piteira e, na parte interna, um pequeno tanque no qual é inserido o líquido, que é composto de nicotina, sabores artificiais e aromatizantes, além de outras substâncias. Quando essa solução é aquecida, se transforma em vapor, que é tragado pelo fumante.

Porém, o cigarro eletrônico tem sido bastante discutido devido aos riscos que traz à saúde, não sendo inofensivo como algumas pessoas pensam. Deve-se lembrar de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda e a propaganda dos cigarros eletrônicos no país em 2009.

Quais os riscos do cigarro eletrônico?

Além dos riscos à saúde, comentados logo abaixo, alguns estudos mostram que o uso do eletrônico aumenta em cerca de três vezes as chances de o usuário fumar também cigarros comuns. Ou seja, para aqueles que fazem uso do cigarro eletrônico com o objetivo de parar de fumar, parece que essa relação não é comprovada. Há também o risco de dependência elevado, por conterem nicotina.

Também não são incomuns os casos em que falhas na bateria do cigarro eletrônico resultem em explosões e queimaduras. Um estudo publicado pelo Jornal Britânico de Medicina (BJM) mostrou que entre 2015 e 2017 as unidades de pronto atendimento de hospitais americanos atenderam cerca de 2 mil pacientes que apresentaram queimaduras resultantes de explosões de cigarros eletrônicos.

Quais os problemas que podem ser causados por ele?

O uso de cigarros eletrônicos aumenta o risco de uma série de danos à saúde, como, por exemplo:

  • Câncer: pois possuem mais de 80 substâncias químicas em sua composição;
  • Trombose, acidente vascular cerebral e infarto: as substâncias químicas presentes no cigarro eletrônico podem causar danos às moléculas que mantêm as células do endotélio juntas. O resultado desse processo é que as artérias e veias ficam mais suscetíveis à formação de placas ateroscleróticas, aumentando o risco de doenças cardiovasculares;
  • Infecções pulmonares: o vapor emitido pelo cigarro eletrônico pode causar ou aumentar as chances de infecções pulmonares (entre elas, enfisema pulmonar);
  • Maior risco de aborto espontâneo e parto prematuro, devido à presença de nicotina.

O cigarro tradicional e o eletrônico têm os mesmos perigos?

A diferença entre o cigarro eletrônico e o cigarro tradicional é que no primeiro não ocorre a queima do tabaco e, consequentemente, ele não produz fumaça. O líquido contido no cigarro eletrônico, ao ser aquecido, produz apenas vapor, o que é menos prejudicial à saúde.

No entanto, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o cigarro eletrônico não é seguro e possui substâncias tóxicas além da nicotina, o que faz com que o dispositivo possa causar diversos males à saúde. Os níveis de nicotina inalados por quem fuma cigarro eletrônico é semelhante àqueles inalados por usuários de cigarros comuns.

Ainda de acordo com o Inca, estudos apontam que os níveis de toxicidade podem ser tão prejudiciais quanto os do cigarro tradicional, já que combinam substâncias tóxicas com outras que, muitas vezes, apenas mascaram os efeitos danosos do cigarro.

Deve-se procurar um especialista para evitar maiores problemas?

Segundo recomendação da Associação Médica Brasileira, os médicos devem alertar seus pacientes sobre os riscos do cigarro eletrônico, pois ele não está livre de toxicidade e pode causar vários danos à saúde, conforme falamos no decorrer deste texto.

Se você fuma e quer deixar de lado este hábito, procure um especialista para orientá-lo. A opção de substituir o cigarro comum pelo eletrônico não é a mais recomendada.

Também é válido consultar um médico para avaliar como está sua saúde respiratória e fazer algumas mudanças nos seus hábitos de vida, se for necessário.

Entre em contato com a Rinoclínica e saiba mais sobre o tabagismo.

Fontes:

Instituto Nacional de Câncer

Associação Médica Brasileira

Manual MSD