Teste de olfato pode contribuir no diagnóstico de diferentes patologias, desde Covid-19 até doenças neurológicas, e agregar em uma identificação precoce dessas alterações.
O teste de olfato consiste em um exame que visa avaliar a capacidade olfativa do paciente, mensurando qualitativa e quantitativamente a agudez do olfato
Por meio do teste olfatório é possível diagnosticar déficits olfativos decorrentes de alterações no sistema sensorial, seja devido ao nervo ou ao cérebro. Com os resultados do teste é possível determinar se o paciente apresenta olfato normal, reduzido (hiposmia) ou perda completa (anosmia).
Como é feito o teste de olfato?
O teste de olfato é um exame simples, mas muito completo. Ele permite identificar se o paciente tem um olfato saudável, moderado ou pobre a partir da capacidade de identificar aromas comuns, como;
- Café;
- Laranja;
- Talco;
- Chocolate e outros.
Para realização do teste utilizam-se substâncias com aromas que não irritam as mucosas nasais e se avalia uma narina de cada vez, o que permite constatar se há alterações unilaterais ou bilaterais.
O teste olfatório é dividido em duas etapas, a parte qualitativa e a parte quantitativa. Somadas, elas permitem identificar a capacidade olfativa geral do paciente.
Na etapa qualitativa do teste de olfato, diferentes aromas são posicionados a frente do paciente em tubos vedados para que não seja possível visualizar o que está dentro. Com isso, deve-se tentar identificar a origem do odor.
Na etapa quantitativa do teste olfatório uma substância é diluída e, a partir do nível de diluição, é possível avaliar se o olfato do paciente está saudável, um pouco comprometido ou completamente prejudicado.
Quando o teste olfatório é necessário?
O teste olfatório pode ser solicitado para diferentes demandas clínicas e contribuir no diagnóstico de patologias diversas, desde Covid-19 até mesmo alterações neurológicas.
Covid-19
Estima-se que em 86% dos casos diagnosticados como leves de Covid-19 o paciente manifeste perda do olfato e a recuperação da sensibilidade olfativa pode demorar de dias até meses.
Dessa forma, o teste de olfato é indicado tanto para contribuir na quantificação objetiva das alterações geradas pela Covid-19 e para acompanhar a evolução do quadro do paciente conforme recupera a sensibilidade.
Alterações no olfato
O teste olfatório também é indicado para pessoas que, sem razão aparente, identificam alterações na capacidade de reconhecer aromas.
As indicações do teste de olfato incluem alterações duradouras, interrupção abrupta da capacidade olfativa
Doenças neurológicas
Estudos científicos têm indicado que o teste de olfato pode ser complementar a outras técnicas, como a ressonância magnética, para diagnóstico precoce de condições neurológicas, como doença de Parkinson e Alzheimer.
Uma pesquisa da Universidade de Chicago avaliou o teste de olfato de 3 mil participantes. Os óbitos nos 5 anos posteriores aos exames alcançaram 39% no grupo com baixa capacidade olfativa, enquanto apenas 10% daqueles com olfato mais apurado faleceram no período.
Outro estudo, com 397 pacientes de idade média de 79 anos constatou que 19,8% apresentaram déficit cognitivo nos anos posteriores, sendo o teste de olfato mais eficiente que a ressonância magnética para indicar esse potencial de perda cognitiva.
Dessa forma, o teste de olfato pode ser mais usado no diagnóstico e monitoramento de patologias diversas. Para saber mais sobre o teste, entre em contato com a Rinoclínica.
Referências: