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Rinite medicamentosa: o que é, causas e como evitar

Imagem ilustrativa
01/12/2025
4 min. de leitura

O uso abusivo de descongestionantes nasais pode provocar rinite medicamentosa; veja como lidar com um quadro como esse

Solução aparentemente fácil, simples e sem consequências, o uso de descongestionantes nasais de modo contínuo e indiscriminado pode levar a uma verdadeira espécie de dependência e causar problemas de saúde mais sérios, como a rinite medicamentosa. Essa é uma condição que prejudica a respiração e que, tendo em vista que o ato de respirar com qualidade é fundamental para o bom funcionamento do organismo como um todo, merece atenção e destaque. Saiba tudo sobre o assunto no conteúdo de hoje.

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O que é rinite medicamentosa (congestão de rebote)?

Também chamada de congestão de rebote, a rinite medicamentosa se caracteriza pela inflamação no muco do nariz que advém do uso irresponsável de medicamentos vasoconstritores, como o Afrin, o Sorinan e o Sorine (que são mais comuns no Sul do Brasil) e o Neosoro e o Naridrin (que, por sua vez, parecem ser uma preferência no Sudeste).

Em um quadro de rinite medicamentosa, parece haver uma espécie de efeito rebote: o uso contínuo de descongestionante nasal leva os vasos sanguíneos do nariz a ficarem “acostumados” ao efeito do medicamento e a terem dificuldade para voltar ao normal e permanecerem abertos quando há a suspensão do vasoconstritor. Em resumo, é como se fosse um vício em soro.

Quem é afetado pelo congestionamento de rebote?

Qualquer pessoa pode desenvolver a rinite medicamentosa a partir do contato com descongestionantes nasais, incluindo quem tem rinite alérgica, sinusite ou desvio de septo. Por isso, o recomendado é que esses sprays vasoconstritores e essas gotas para nariz só sejam utilizados com orientação médica e sem exceder o uso por mais de 5 a 7 dias.

Sintomas e causas

A seguir, descubra os sintomas associados à rinite medicamentosa (ou melhor: ao vício em descongestionantes nasais) e as suas causas.

Quais são os sintomas da rinite medicamentosa?

A rinite medicamentosa afeta o sistema respiratório e, portanto, está relacionada a sintomas como: congestão nasal persistente (mesmo após conseguir frear o vício em remédio para o nariz), respiração bucal, ronco, irritação, surgimento de crostas e ressecamento das vias aéreas e enfraquecimento da capacidade de sentir cheiros.

Quais medicamentos causam congestão de rebote?

São exemplos de medicamentos que podem acarretar vício em soro que passa no nariz: anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), bloqueares alfa e beta adrenérgicos, inibidores da ECA (utilizados com frequência por pacientes hipertensos) e, por fim, descongestionantes tópicos, como oximetazolina, nafazolina e fenilefrina.

Como é diagnosticada a rinite medicamentosa?

O otorrinolaringologista é o especialista mais indicado para identificar o vício em descongestionante nasal. O diagnóstico da rinite medicamentosa é basicamente clínico e passa por uma avaliação do histórico de uso de remédios vasoconstritores, bem como os sintomas apresentados pelo paciente e a aparência da mucosa nasal, que, nesse caso, costuma estar avermelhada e inchada. Complementarmente, exames (de imagem, por exemplo) podem ajudar a descartar alergias ou outros problemas respiratórios com sintomas parecidos.

Como é tratada a rinite medicamentosa?

Como a raiz de tudo é o vício em gotas nasais, a primeira atitude para vencer a rinite medicamentosa é interromper o uso de descongestionantes nasais. Corticoides tópicos ou orais, lavagem do nariz com soro fisiológico e antialérgicos são remédios ou processos geralmente prescritos pelo médico otorrinolaringologista. Em casos mais severos, a respiração de qualidade pode ser reestabelecida com cirurgia.

Qual é o prognóstico para rinite medicamentosa?

Ao seguir o tratamento indicado pelo especialista corretamente, as chances de solucionar o problema que é o vício em soro nasal são bem altas. Sendo assim, o prognóstico é excelente. Em geral, o muco do nariz precisa de 1 a 3 semanas para se recuperar, a depender do tempo de uso de vasoconstritores.

Como faço para evitar o efeito rebote do soro nasal?

O vício em soro nasal pode ser prevenido através de hábitos bons e simples, como:

  • Evitando o uso prolongado de descongestionante nasal;
  • Dando preferência a soluções salinas para fazer limpezas nasais;
  • Consultando um especialista antes de utilizar qualquer medicamento para nariz;
  • Tratando a causa certa do problema.

Que perguntas devo fazer ao meu médico?

Ao identificar um problema de vício em gotas nasais e acertadamente procurar um especialista, é importante saber aproveitar o momento da consulta para facilitar o diagnóstico e receber o tratamento mais assertivo. Relate ao médico todos os sintomas apresentados com detalhes, além de direcionar perguntas como estas:

  • “Quanto tempo posso usar um descongestionante nasal com segurança?”;
  • Qual é o tipo de soro nasal mais indicado para mim?”;
  • “É possível reverter a rinite medicamentosa?”;
  • “Preciso de cirurgia nasal?”.

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Outras perguntas frequentes

A seguir, listamos outros questionamentos que podem ser levantados ao especialista durante uma consulta.

Qual é a diferença entre rinite medicamentosa e outros tipos de rinite?

Como foi dito anteriormente, a rinite medicamentosa é um problema ocasionado pelo vício em soro no nariz, ao passo que a rinite alérgica, por exemplo, é resultado de uma reação do corpo a alérgenos, como ácaro, pólen e poeira.

A rinite medicamentosa é reversível?

Sim. Com o tratamento correto, a rinite medicamentosa é reversível e a mucosa nasal se regenera.

Quanto tempo dura o congestionamento de rebote?

Isso depende do tempo de uso abusivo de descongestionante nasal ou da resposta do paciente ao tratamento. Em geral, dura dias ou semanas.

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Fontes:

Biblioteca Virtual em Saúde

Associação Médica Brasileira