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Uso abusivo de descongestionantes nasais

Uso abusivo de descongestionantes nasais
08/02/2023

Saiba quais os riscos que a utilização exagerada desses medicamentos pode causar

O que são descongestionantes nasais

É comum, em algumas épocas do ano, principalmente quando o tempo fica mais seco, que as partículas suspensas na atmosfera irritem a mucosa nasal, causando obstrução na passagem de ar pelo nariz. Para aliviar esse incômodo, muitas pessoas recorrem aos descongestionantes nasais (Sorine, Sorinan, Afrin, Naridin, Oximetazolina, Nafazolina, entre outros).

O nariz entope quando os vasos que levam o sangue e nutrientes até à mucosa nasal aumentam de tamanho, ficando inchados. Os descongestionantes agem na redução do inchaço por meio da diminuição do fluxo sanguíneo dos chamados cornetos nasais, desobstruindo o nariz quase que instantaneamente. Porém, muitas pessoas acabam fazendo um uso abusivo de descongestionantes nasais.

Qual o problema do uso abusivo dos descongestionantes?

O principal problema do uso abusivo de descongestionantes nasais está no efeito rebote que eles podem causar. Como esses medicamentos reduzem excessivamente o tamanho dos vasos sanguíneos, afetando diretamente a nutrição da mucosa nasal, o organismo passa a utilizar mecanismos para aumentar o tamanho do vaso sanguíneo.

O resultado desse processo é que o nariz entope novamente. Dessa forma, o paciente volta a aplicar a medicação em um espaço cada vez mais curto de tempo e vai entrando em um ciclo vicioso.

Essa dependência resulta em um distúrbio chamado rinite medicamentosa ou vasomotora, cujo principal sintoma é o nariz entupido provocado por alterações na mucosa nasal que levam à perda da capacidade do organismo de contrair e dilatar os vasos sem a ajuda do medicamento.

Outros problemas que podem ser causados pelo uso abusivo de descongestionantes nasais são o aumento da pressão arterial e da frequência dos batimentos cardíacos. O uso abusivo de descongestionantes nasais faz com que parte da substância vasoconstritora que compõe o medicamento seja absorvida pela mucosa, caia na corrente sanguínea e alcance o sistema cardiovascular.

No que os descongestionantes nasais podem ajudar

Quando utilizados com critério, sob orientação médica e por prazo determinado – máximo de três a cinco dias –, os descongestionantes proporcionam alívio quase que imediato, principalmente em situações como quando a pessoa não consegue dormir, por exemplo.

Mas antes de optar pelo uso desses medicamentos, o ideal é que o paciente consulte a opinião de um especialista.

Como deixar de usar os descongestionantes nasais

Embora a sensação de nariz entupido traga incômodo, sempre que possível deve-se evitar a utilização de medicamentos, pois o uso abusivo de descongestionantes nasais, como vimos, pode trazer consequências à saúde.

Quando o paciente consegue ficar sem o medicamento alguns dias, o próprio corpo elimina seus componentes do organismo. Porém, quando já é observado um quadro de rinite medicamentosa ocasionada pelo uso abusivo de descongestionantes nasais, o médico pode recomendar um tratamento com medicações orais e tópicas.

No dia a dia, para evitar a obstrução, é ideal:

  • Aplicar soro fisiológico nas narinas, várias vezes por dia, para manter a mucosa bem hidratada e livre de micro-organismos nocivos;
  • Manter o corpo sempre bem hidratado;
  • Evitar permanecer muito tempo em ambientes com ar-condicionado – ele contribui para ressecar o ar –;
  • Usar umidificadores de ambientes ou tomar banho quente para que o vapor da água umedeça as vias respiratórias.

Qual profissional procurar para o tratamento ideal

Quando o paciente apresenta um quadro de obstrução nasal constante, é indicado procurar por um especialista – neste caso, o otorrinolaringologista. O especialista deve identificar qual o fator obstrutivo que levou ao uso do descongestionante, e realiza um procedimento para correção. Os principais fatores que levam à obstrução nasal crônica são o desvio de septo, o aumento dos cornetos (carne esponjosa) e o aumento das adenoides.

Em todos estes casos é possível corrigir e melhorar a respiração, para que o paciente não precise recorrer a estes medicamentos. Para isso, somente um profissional capacitado pode avaliar os sintomas apresentados pelo paciente, realizar os exames adequados e então orientá-lo sobre o tratamento mais adequado.

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Fontes:

Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná

RinoClínica